No vai e vem, no vem e vai
O que passou não volta
Já ficou pra trás,
O impulso é sempre pra frente,
O recuo sempre pra trás,
Pro vento beijar os teus cabelos, joga as pernas pra frente e vai,
E quando volta, descansa menina
Joga de novo as pernas pra frente que da rima, e lembra de novo dos teus bons tempos de menina
Dos pés descalço sujo de terra, da boca amarela suja de manga,
Não lembra não dá infância roubada, do medo de dormir, não há mais monstros embaixo da escada
Só há o vento nos cabelos, o vai e vem o vem e vai.
Ela senta em sua cadeira e se empossa do seu trono,
abre as páginas da imaginação
e se transforma feito borboleta,
Pode ser quem quiser,
Pode ir à qualquer lugar,
Ali ela recebe todos convites,
Lá não há limites,
De lá ela só volta quando quer,
De vida e sonhos
De rimas e encontros
E de amores e aceitação,
Ela voa, até voltar.
Senta na sua cadeira, fecha as páginas.
Espera o próximo encontro pra se transformar.
Quem é ela?
Muitos julgam saber, poucos ousam conhecer.
Muito prazer.
O balanço e Mar
No balanço do mar, eu teço o ritmo
No som das ondas, o vai e vem
Na imensidão a mistura e no coração a mesura.
Aqui nem rótulos, nem regras
Nem nós, nem pregas
Azul pra todo lado, aquiete a mente e defina o estado,
Vai e vem, vem e vai
O impulso é você quem faz,
Pra frente, pra trás
Beijando o céu, tocando o mar
Vai e vem, vem e vai...
No repouso forçado poetisando a cena!
